quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Vamos falar de: A Voz do Arqueiro


"Seria impressionante o que todos poderíamos ver e ouvir se ficássemos um pouco mais em silêncio e parássemos de tentar escutar nossa própria voz o tempo todo" 

A Voz do Arqueiro
Título: A Voz do Arqueiro
Autora: Mia Sheridan
Editora: Arqueiro
Quantidade de páginas: 336
Publicação: 2015

Bree Prescott quer deixar para trás seu passado de sofrimentos e precisa de um lugar para recomeçar. Quando chega à pequena Pelion, no estado do Maine, ela se encanta pela cidade e decide ficar.

Logo seu caminho se cruza com o de Archer Hale, um rapaz mudo, de olhos profundos e músculos bem definidos, que se esconde atrás de uma aparência selvagem e parece invisível para todos do lugar. Intrigada pelo jovem, Bree se empenha em romper seu mundo de silêncio para descobrir quem ele é e que mistérios esconde
.

Ultimamente, assuntos relacionados ao horóscopo do zodíaco tem se tornado muito popular entre as pessoas, seja no formato de previsões sobre o futuro (amor, dinheiro, emprego, família, etc), seja destacando características que pessoas do mesmo signo compartilham ou em vários produtos e eventos que utilizam dessa temática tão rentável.
  Pensando nisso, a autora Mia Sheridan escreveu a coleção Signos do Amor, onde cada livro é inspirado na mitologia por trás dos signos, e seus personagens principais apresentam as principais características do signo explorado.


  No livro A Voz do Arqueiro, primeiro dessa coleção, temos o signo de Sagitário. Pesquisando na internet, as características principais deste signo são:
  Sua inteligência se manifesta em todos os campos da vida e sabe se adaptar às circunstâncias mais inóspitas, sempre mantendo o pensamento firme num amanhã melhor (...). É um signo justiceiro, que luta pelos fracos e oprimidos, mas também impõe a lei, gosta de fazer justiça com seu exemplo e seu julgamento.

  Podemos encontrar essas características materializadas no protagonista Archer, que é muito inteligente, justo, forte e que foi obrigado a se adaptar a situações difíceis ao longo de sua vida. Além disso, seu nome Archer, que em inglês significa Arqueiro, nome pelo qual o signo de sagitário também é conhecido, é a maior representação do signo na história.

"Eu a amava profundamente, com cada parte do meu coração, mesmo as já quebradas, mesmo as que pareciam não valer nada. E, talvez principalmente com essas partes." 

 Neste livro temos a história de Bree Prescott, uma jovem que se muda para pequena cidade de Pelion – Maine em busca de um recomeço. Após acontecimentos trágicos em sua vida, ela sofre constantemente de ataques de pânico, mas inicialmente não descobrimos qual foi a tragédia que desencadeou este problema. Bree possui uma personalidade doce e determinada, e em pouco tempo conquista os moradores da cidade. Durante esse seu processo de reconstrução ela conhece o recluso Archer Hale, e sente que precisa se aproximar dele.

  Archer é um jovem órfão mudo que vive isolado em sua casa. Sem nenhum contato com os moradores da cidade, ele também possui um passado trágico que deixou várias marcas em sua vida, até que Bree surge e se torna sua “tábua da salvação”.  
 A aproximação dos dois acontece por Bree ser a única pessoa que Archer já conheceu que sabe a linguagem de sinais e isso acaba gerando uma relação de dependência entre eles que em alguns trechos do livro se mostra pouco saudável.
 "O amor era uma questão de aprender a falar a língua da outra pessoa."

 A história é bem clichê e já podemos imaginar o final, apesar de ter algumas reviravoltas interessantes ao longo do livro. A ideia de utilizar a mitologia dos signos é muito boa, e confesso que estou ansiosa para ler sobre o meu (Escorpião) que já foi lançado aqui no Brasil, apesar da linguagem da autora ter me incomodado um pouco. Chegou a um ponto da história que não aguentava mais ler o nome Archer e tiveram também algumas cenas que seriam bem dispensáveis. Fora isso, é uma boa leitura para quem gosta de signos e para quem quer algo bem leve para passar o tempo.

"Acho que o amor é um conceito, e cada pessoa tem uma palavra única para descrever em que o sentimento se resuma para ela."

Por: Erika Duarte 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Leia para assistir: Dois irmãos

Olá pessoal!
Como vocês estão? Já programaram as leituras para este ano?
Aliás, como esta é a nossa primeira postagem, já começo desejando um 2017 maravilhoso para todos vocês! <3

Tinha que começar as postagens trazendo uma indicação ótima e, de preferência, nacional. Este ano teremos muitas novidades nas telas com histórias baseadas em grandes obras, e já começamos com essas adaptações surgindo.
Na última segunda-feira (09/01) a Rede Globo estreou em seu horário noturno a série "Dois irmãos" que será dividida em dez capítulos, baseada no livro que possui o mesmo título e que foi escrito por Milton Hatoum. <3
Caso não esteja acompanhando a série, deixo uma das apresentações aqui para que vocês possam entender um pouco do que se trata a história:



Só para esclarecer: Minha intenção era realmente escrever sobre a história no dia da estréia, porém, queria finalizar o livro para fazer alguns comparativos e ter mais informações para vocês.

Como já fica claro na apresentação, o ponto principal da história é a rivalidade entre os gêmeos Yaqub e Omar, que são frutos da relação entre Halim e Zana. 
A história se passa em Manaus (AM) e devido a fatos causados pela 2º Guerra Mundial, um dos gêmeos (Yaqub) é forçado a ir morar no sul do Líbano quando tinha treze anos. Cinco anos depois, Yaqub retorna e, deixando de lado a falta que tinha de sua terra e principalmente de Domingas, uma empregada indígena que cuidou dele mais do que sua própria mãe, ele novamente tem que encarar o irmão. As lembranças desagradáveis da infância e o sentimento de abandono e exclusão, principalmente pela mãe, que tem cuidados obsessivos por Omar, fazem Yaqub ser um homem calado. Bem sucedido nos estudos, diferente de Omar que é festeiro e possui um instinto violento, Yaqub vai para São Paulo e se torna um talentoso engenheiro, enquanto o irmão continua dando trabalho a família.
No livro, a narração é feita por Nael, filho de Domingas. Por meio de histórias contadas principalmente por Halim, Nael descreve ao leitor todas as tiranias de Omar, a loucura de Zana pelo filho, a atração que Rânia (também filha de Halim e Zana) sente pelos irmãos e a dedicação e vida sofrida de Domingas, que foi a personagem que mais me causou comoção durante a leitura.  
Já no início do livro, fica evidente que Nael é filho de um dos gêmeos, despertando a curiosidade do leitor para além das brigas entre os irmãos. Eu adorei a leitura e recomendo demais, principalmente para quem está gostando da série.
Sendo sincera, assisti o capítulo de ontem (Ep.3) e achei que foi super fiel ao que está no livro. Claro que, como esperado, a "sensualidade" e a "violência" acabam se destacando mais do que a própria essência da história, o que eu sinceramente acho uma pena acontecer com frequência em adaptações, porém, se for para que desperte o interesse para a leitura, já é um ponto positivo.

Para fechar, acho importante destacar as seguintes informações: "Dois irmãos" foi escrito em 2000, sendo o segundo romance de Milton Hatoum. Foi vencedor do prêmio Jabuti, além de ter sido traduzido para oito idiomas. Em 2016, foi divulgado e relançado com uma nova capa pela Companhia das Letras (edição que pode ser visualizada na foto abaixo). 



Espero que tenham gostado da postagem de hoje!
Até a próxima!
Por: Ellen Diniz