sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Vamos falar de: Eu sou Malala

Boa noite! <3
Tudo bem com vocês? Eu espero que sim.
Passei por um período conturbado que deixaram minhas leituras super atrasadas (um bom leitor odeia quando isto acontece né?) e estou tentando recuperar o tempo perdido.

Este ano tenho lido muitos livros sobre feminismo ou que abordam assuntos relacionados ao tratamento dado às mulheres em diversos períodos históricos ou até mesmo em alguns países, onde certos abusos ainda se fazem presentes em pleno século XXI. Apesar de não ter sido proposital, está sequência tem me deixado estimulada à ler e conhecer mais sobre o assunto. :D
O livro que escolhi estava na minha lista de desejados há muito tempo e posso dizer com toda certeza que foi uma das minhas melhores leituras deste ano.





Título: Eu sou Malala
Autora: Malala Yousafzai (com Christina Lamb)
Editora: Companhia das letras
Quantidade de páginas: 342
Publicação: 2013











A obra está dividida em cinco partes.
Na primeira, Malala escreveu um pouco sobre seu nascimento, além de contar resumidamente sobre a vida de seu avô paterno, seu pai e sua mãe. Relatando sua infância e explicando um pouco a cultura dos pachtuns, Malala descreve a vida no Paquistão antes da chegada do Talibã.

[...] Tenho muito orgulho de ser pachtum, mas às vezes penso que nosso código de conduta tem muito a dizer, sobretudo no que diz respeito ao tratamento dispensado às mulheres. [...]
P. 76

É na segunda parte que a manipulação feita pelo Talibã é descrita. Por meio de um programa de rádio chamado de Mulá FM, Fazlullah, líder do Talibã, e seus seguidores fizeram com que várias pessoas acreditassem em suas boas intenções e até doassem dinheiro para poder começar com suas atrocidades, usando como justificativa o que está escrito no Corão. Destruições, explosões, açoitamentos e mortes se tornaram algo rotineiro, fazendo com que o medo se espalhasse por todo lugar. 
Ziauddin, pai de Malala, sempre foi um ativista que lutava pela educação e pela paz, fundando até uma escola que prezava pelo verdadeiro islamismo e por um ensino sem restrições para meninos e meninas. Desde antes da chegada do Talibã, ele já tinha alguns problemas com homens que diziam que meninas não deveriam estudar, porém foi depois da dominação deles que as coisas se tornaram mais difíceis. Não só Malala, mas um grupo de meninas decidiram que, mesmo com as ameaças, não deixariam de ir à escola.

[...] Embora amássemos estudar, só nos demos conta de quanto a educação é importante quando o Talibã tentou nos roubar esse direito. Frequentar a escola, ler, fazer nossos deveres de casa não era apenas um modo de passar o tempo. Era nosso futuro. [...]
P. 156

Malala, por seus discursos, entrevistas, documentários e até por seu blog, onde escrevia utilizando o pseudônimo Gul Makai, começou a receber ameaças diretas do Talibã, porém isto não a fez silenciar. Foi por isto e muito mais que no dia 9 de outubro de 2012, quando tinha apenas 15 anos, Malala e mais duas amigas foram baleadas dentro de um ônibus enquanto voltavam da escola. Detalhes do ocorridos são especificados na terceira parte do livro.

[...] No Paquistão, quando as mulheres dizem que querem independência, as pessoas acham que isso significa que não desejam obedecer a seus pais, irmãos ou maridos. Mas não é isso. Significa que queremos tomar decisões por conta própria. Queremos ser livres para ir à escola ou para ir trabalhar. Não há nenhum trecho no Corão que obrigue a mulher a depender do homem. Nenhuma mensagem dos céus estabeleceu que toda mulher deve ouvir um homem. [...]
P. 230 

É na quarta e na quinta parte do livro que temos conhecimento da luta de Malala pela vida. Com um tiro levado na cabeça e com situações hospitalares precárias, a vida da garota estava em jogo e, como já era conhecida pela mídia, causou comoção mundial. Levada para Inglaterra, Malala teve uma recuperação complicada e passou por algumas cirurgias. 
O final desta história é conhecido por todos: Malala se salvou e, além de receber vários prêmios, em 2014 foi ganhadora do Nobel da Paz. <3

Ler e conhecer mais sobre esta mulher maravilhosa foi extremamente gratificante para mim! Como educadora, sei o quanto a educação em nosso país tem sido desvalorizada e do quanto oportunidades tem sido desperdiçadas. Acredito sim que a educação tem o poder de transformar as pessoas e de fazer com que o mundo se torne um lugar melhor. 
Que Malala possa inspirar mais pessoas, assim como me inspirou! Assim como ela cita, não deixem que impeçam nossas mentes de pensar! Estudem, busquem e lutem pelos seus direitos e pelo que acreditam. O conhecimento é a base de tudo!

Espero que tenham gostado da indicação de hoje!
Continuem virando as páginas com a gente!
Até a próxima!
Por: Ellen Diniz

4 comentários:

  1. Parabéns descrição maravilhosa você é muito talentosa !☺

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  2. Olá, Ellen!
    Sua resenha está maravilhosa! Eu nunca tive vontade de ler esse livro, ainda que eu entenda a importância dele e que o assunto é muito grave, principalmente para quem vive em países que discriminam a mulher de forma extrema! Mas, a sua resenha me fez repensar a necessidade de estar sempre lendo algo que nos une e nos fortalece como mulheres. Parabéns! Vou procurar lê-lo! Abraços,
    Drica.

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    Respostas
    1. Oi Drica!
      Tudo bem com você?
      Antes de mais nada, muito obrigada por sempre nos fazer uma visita. s2
      Fico muito feliz que tenha gostado da resenha! Tenho lido muito sobre esse tema ultimamente e tem me feito muito bem, até porque, me faz valorizar ainda mais o que somos. Quando conseguir ler, me conte o que achou viu?
      Beijos!
      Ass: Ellen Diniz

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