quarta-feira, 8 de março de 2017

Especial: Escritoras brasileiras (Dia internacional da mulher)

Boa noite! \o/
Ontem foi um dia muito especial! <3
O dia 8 de março representa o nosso dia (dia das mulheres) e é sempre bom relembrar o porque está data foi escolhida.
Graças a mulheres corajosas que no final do século XIX protestaram por condições de trabalho melhores e, principalmente, pelo fim do trabalho infantil (que era algo rotineiro nas fábricas), as organizações feministas foram ganhando força e voz. Para quem já estudou um pouco sobre a data, um acontecimento muito citado nos livros é a morte de 130 operárias que foram carbonizadas em uma fábrica na cidade de Nova York no ano de 1911, porém, no dia 08 de março de 1917 uma manifestação organizada por 90 mil operárias contra Czar Nicolau II, que ficou conhecido como protesto "Pão e Paz" fez com que quatro anos depois a data fosse oficializada e reconhecida mundialmente. 
*Informações retiradas do site novaescola.org.br*

Temos mulheres maravilhosas no mundo! Guerreiras que trabalham, cuidam e se esforçam para mudar a nossa realidade que ainda é difícil. Em muitas áreas temos representantes femininas que se destacam, porém, nós do blog estamos aqui hoje para homenagear algumas escritoras brasileiras que marcaram nossa literatura com seus escritos e que os eternizaram no meio de MILHARES de autores masculinos.
Compartilhamos algumas delas hoje com vocês:

Carolina de Jesus

Uma das percursoras do surgimento da literatura marginal aqui em nosso país, Carolina foi uma catadora de papel que morou por alguns anos na favela Canindé, localizada aqui em São Paulo. Sustentou os filhos com muita dificuldade e, no meio de uma vida turbulenta, um dos maiores prazeres que tinha era de ler e escrever. Com cadernos que encontrava no lixo, Carolina passou a relatar tudo o que acontecia em sua vida e na vida de seus vizinhos. Descoberta por um jornalista, em 1960 publicou o livro "Quarto de despejo", que podemos dizer com toda a certeza que foi um dos livros mais emocionantes que já lemos na vida. Retratando a realidade de muitas em nosso país, que criam os filhos sozinha e que se sacrificam para conseguir por algo na mesa, Carolina com certeza merece ser homenageada nesta data representando todas as mulheres que vivem esta realidade.


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             Cora Coralina

Uma das mais importantes poetas da nossa literatura nasceu em Goiás no ano de 1889. Escrevia sobre a vida simples, o cotidiano, a história e os costumes do interior de Goiás, e apesar de ter tido pouco estudo, começou a escrever seus contos cedo (aos 16 anos). Seu reconhecimento nacional foi tardio e só chegou nos seus 75 anos, quando o poeta Carlos Drummond de Andrade teve acesso e sua obra e a ajudou a publicar seu primeiro livro “Poemas dos Becos de Goiás”. Nessa época surgiu o mito de que Cora Coralina era uma senhora que escrevia muito bem, mas que começou sua carreira tardiamente. Enquanto seus poemas não eram reconhecidos, ela trabalhou como doceira para criar seus filhos, vivendo até sua morte uma vida simples.
Após sua morte (1985), sua casa que foi eternizada em seu poema “A velha casa da ponte” foi transformada em museu para homenageá-la.



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  Rachel de Queiroz


Raquel de Queiroz nasceu em Fortaleza em 1910, e aos 7 anos mudo-se com a família para o Rio de Janeiro, para fugirem da seca terrível de 1915. Os horrores  dessa seca foram retratados em seu livro "O Quinze".
Aos 15 anos Rachel formou-se professora, mas largou a vida docente para se dedicar a literatura, o que se tornou a melhor decisão da autora, pois aos 20 anos ela já era referencia na literatura nacional, sendo umas das principais representantes do romance com fundo social.
A romancista foi a primeira mulher aceita na Academia Brasileira de Letras e a primeira mulher a receber o prêmio Camões de literatura (o mais importante para a literatura de Língua Portuguesa).
    
O que falta de autoras femininas na literatura clássica brasileira, sobra na literatura contemporânea. Para nossa felicidade, a cada dia que passa vemos surgir grandes talentos femininos, que escrevem para todos os gêneros e idades. Babi Dewet, Eliane Brum, Clarice Freira, Thalita Rebouças, Paula Pimenta e Carina Risse são alguns exemplos de como as mulheres vem conquistando um grande espaço na industria literária e fazendo muito bem o seu papel. 

Nos orgulhamos em poder dizer que também somos mulheres que, por meio da escrita, podemos expressar nossa opinião. Que todas as mulheres possam se manifestar e lutar pelo que amam e pelo que acreditam.
Viva a igualdade! 
Viva o feminismo! <3

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