quarta-feira, 1 de março de 2017

Vamos falar de: Drácula

"Há mistérios que os homens só podem adivinhar, e que após eras e eras só conseguem resolver em parte."

Drácula
Título: Drácula 
Autora: Bram Stoker
Editora: Landmark (Bilíngue)
Quantidade de páginas: 431
Publicação: 2012

Quando um agente imobiliário ajuda um conde a comprar uma propriedade em Londres, não poderia imaginar o mal que estava levando ao Ocidente. Na partida de xadrez que se segue, entre esse nobre perturbador (que pouco aparece, mas é onipresente) e um determinado grupo de adversários (que inclui o professor Van Helsing e a inteligente Mina Harker), o que está em jogo vai além da luta entre a vida e a morte.


Drácula é leitura mais do que obrigatória para aqueles que, como eu, amam essas criaturas da noite que se alimentam de sangue.
  A obra prima de Bram Stoker foi publicada em 1897, e na sua composição o autor reuniu diversas lendas que circulavam pela Europa há muitos anos. 
 Escrito em formato epistolar, a história é narrada a partir de cartas, manchetes de jornais e diários dos personagens principais. Eu gosto muito deste formato, pois ele passa uma sensação de proximidade com os personagens, como se eles tivessem dando aos leitores acesso aos seus mais profundos pensamentos.

  A história se passa em sua maior parte na Inglaterra vitoriana, nos dando uma perspectiva dos costumes da época, como a linguagem, as tradições, crenças e principalmente o trato com as mulheres e com os estrangeiros. Possui também um cenário gótico que enriquece a trama.

"Estamos na Transilvânia e a Transilvânia não é a Inglaterra. Nossos costumes não são os mesmos que os seus." 
 Tudo começa quando Jonathan Harker viaja para a Transilvânia, representando a firma de advogados onde trabalha, para fechar um negócio imobiliário com o misterioso Conde Drácula. Assim que Jonathan chega ao país, começa a perceber um clima estranho, pois as pessoas a sua volta fazem o sinal da cruz toda vez que escutam o nome do Conde, sendo que alguns até chegam a implorar para que ele não realize sua visita. Um pouco antes de seguir caminho do castelo ele recebe um crucifixo. Como um bom inglês, Jonathan não acredita em nada daquilo, supondo que essas atitudes não passam de superstições do povo local, até que ele chega ao castelo e enfim conhece seu anfitrião. Jonathan passa a se dar conta que estava errado quanto à superstição, e a partir daí coisas estranhas passam a acontecer com ele, enquanto o Conde faz alegres planos de se mudar para a Inglaterra.

 Todos os acontecimentos que envolvem Jonathan no castelo é apresentado aos leitores em forma de diário, que ele escreve para Mina Murray, sua até então noiva, e é por meio de Mina e seus relatos que descobrimos quando o Conde Drácula chega a Inglaterra e realiza seus primeiros feitos por lá. Muitos acontecimentos sem explicação passam a atormentar os moradores da Inglaterra, principalmente pessoas ligadas a Mina, mas ninguém entende o que pode ser a causa até que o médico Dr. Van Helsing (sim esse mesmo, o famoso) é convidado e sair de Amsterdã (local onde mora) para ajudar um antigo aluno a desvendar esse mistério. E logo Van Helsing se mostra um grande conhecedor dos vampiros e principalmente de como matar essas criaturas. Armado de estacas, crucifixos, alho e hóstias ele guia seu grupo a caçada.

"Há uma razão para que as coisas sejam do jeito que são, e se você tivesse visto tudo o que eu vi e soubesse tudo o que eu sei, talvez entendesse melhor." 

  A leitura deste livro foi surpreendente maçante. Apesar de possuir duas coisas que eu amo em livros, que são os vampiros e narrativa epistolar, a leitura não fluiu.
  As constantes referencias a Deus e a tudo que envolve o cristianismo, enjoam e tornam a leitura cansativa. Por mais que os símbolos religiosos sejam algo de extrema importância não só na história, mas na sociedade da época, acredito que o autor exagerou um pouco na dose. E os diálogos de Mina com os outros homens do grupo são difíceis de ler e aceitar.
  A história é muito boa, mas poderia ter sido facilmente contada em 100 páginas.

    Ainda assim, acho a leitura válida para todos aqueles que amam fantasia e que querem saber as origens de várias referencias que circulam até hoje no cenário literário.  

"O defeito da nossa ciência é que ela quer explicar tudo, e se não consegue explicar, então diz que não há nada a explicar."

Por: Erika Duarte 

Nenhum comentário:

Postar um comentário