domingo, 27 de março de 2016

Clássico: O Morro dos Ventos Uivantes

O Morro dos Ventos Uivantes
Título: O Morro dos Ventos Uivantes
Autor: Emily Brontë 
Editora: Landmark (Edição Bilíngue)
Número de Páginas: 304
Data de Publicação: 2014 
Skoob




Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança.



 "As pessoas orgulhosas criam tristezas para si mesmas"


  Como uma historia tão cativante e envolvente pode conter personagens tão insuportáveis e odiosos? Essa pergunta me perseguiu durante toda a leitura desse maravilhoso romance. 

   A historia começa quando o jovem Mr. Lockwood em uma súbita vontade de se tornar recluso busca abrigo na Granja Thrushcross, de propriedade do mal humorado e amargo Mr. Heathcliff. Em uma noite Mr. Lockwood decide fazer uma visita a fazenda vizinha "O morro dos ventos Uivantes" onde seu senhorio mora, e apos desastrosas tentativas de manter relações amigáveis, ele volta para casa disposto a conseguir informações de sua governanta Mrs. Ellen Dean (Nelly) sobre seus estranhos vizinhos. E é ai por meio da narrativa dela que conhecemos a historia das famílias Linton, Earnshaw  e de Heathcliff.

  
  Gosto de dividir essa historia em dois períodos: O durante Heathcliff e Catherine e o depois deles que conta a historia de seus filhos.  

"Ele é mais eu do que eu própria. Não importa do que são feitas nossas almas, a dele e a minha são iguais." 

   A primeira parte é minha preferida, com as melhores passagens, os melhores personagens e com um ritmo muito bom, que faz com que a leitura flua sem problemas. Nesta parte conhecemos os personagens ainda crianças, e vamos acompanhando como algumas das principais tramas do livro surgem. Assim como o amor e o ódio entre os personagens. Brontë conseguiu pegar personagens sem qualidades e construir um romance forte e quase redentor. 

"Meus maiores sofrimentos neste mundo foram os sofrimentos de Heathcliff (...) Se tudo desaparecesse e só ele restasse, eu continuaria a existir. E se tudo o mais permanecesse, e ele fosse aniquilado, o universo se tornaria um estranho, e eu não mais faria parte dele. " 

   A segunda parte foi a mais difícil de ser lida. Se os primeiros personagens eram egoístas e vingativos por motivos ate que justificáveis, não se pode dizer o mesmo de seus filhos. Acontece uma passagem de tempo entre a segunda e a primeira parte e a cenário que Mr. Lockwood presenciou esta mais perto de ser explicado. 
 A unica parte que eu realmente gostei dessa segunda fase foi presenciar os planos de Heathcliff se concretizando e sua vingança concluída. Mas, ai vem uma questão, o  que fazer quando a vingança que te perseguiu e te moveu durante boa parte de sua vida finalmente chega ao fim? E Heathcliff responde essa minha pergunta de um jeito surpreendente.

"Mesmo que ele a amasse com todas as forças de sua pessoa mesquinha, nem em oitenta anos poderia ama-la quanto eu a amo em um único dia."
  
 Um livro incrível com uma escrita maravilhosa e envolvente, que te convence que se ate Heathcliff pode amar, então todos podem. 

"O paraíso dos outros para mim não tem valor algum, nem me desperta a cobiça" 

  
 Por: Erika Duarte 

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