terça-feira, 24 de maio de 2016

Vamos falar de: A Rebelde do Deserto

                  “Uma nova alvorada, um novo deserto” 
A Rebelde do Deserto
 Título: A Rebelde do Deserto
Autor: Alwyn Hamilton
Editora: Seguinte
Quantidade de Páginas: 312
Publicação: 2016

O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. 

Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. 

Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por revelar a ela o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.

 Não conhecia esse livro, até receber a prova dele no encontro de livreiros da Companhia das Letras. A principio me apaixonei pela capa, e pela sinopse, imagine uma historia que promete misturar “As mil e uma noites” que eu amo, com historias de Faroeste e um pouco de magia. Parecia ser uma historia perfeita e já estava pronta para me viciar nela, mas, por algum motivo isso não aconteceu.

  “A coisa inteligente a fazer seria virar as costa e dar o fora dali. Mas se fizesse isso, perderia cinqüenta fouzas. “E dinheiro era mais difícil de conseguir do que inteligência.”   

 Amani Al´Hiza é uma garota órfã com o sonho de fugir de Vila das Poeiras, onde mora com os tios, e para que isso aconteça ela conta somente com sua admirável habilidade como atiradora, e um plano traçado por sua mãe antes de ser morta. E após ouvir uma conversa que definia o rumo da sua vida, ela se da conta que seu tempo esta acabando e que precisa fugir logo.
 Vestida como um garoto, ela foge para um torneio de tiros na cidade de Tiroteio, onde pretendente conseguir dinheiro suficiente para sua fuga, mas algumas coisas inesperadas acontecem nesse torneio e Amani acaba conhecendo Jin, um forasteiro, que ira mudar sua vida e planos. Ela sempre sonhou com sua fuga, e pensava que tinha tudo planejado, mas, conforme a magia vai se infiltrando em sua vida, uma nova historia vai sendo escrita para ela.   
  Amani é uma personagem forte, independente, decidida e corajosa, sarcástica e sem duvidas a personagem mais forte da historia. Ao longo da trama vemos a sua evolução, da menina que só pensa em si mesmo, para quem os fins justificam os meios, para a menina que trabalha em equipe e luta por uma causa.

“Estive em muitos lugares – Jin disse – E as pessoas crêem em verdades diferentes. Quando todo mundo parece ter tanta certeza, é difícil acreditar que alguém esteja certo.”
 
 Jin a principio é somente o forasteiro misterioso que forma uma estranha parceria com Amani, na competição de tiros, mas, enquanto ajuda à garota em sua fuga de Vila das poeiras, ele vai se mostrando um personagem forte, que esconde mais do que revela sobre si.
 Ele esta no meio de uma trama política, sendo caçado pelo exercito do Sultão acusado de traição. Sua real importância na revolução só é esclarecida perto do final, ate la tudo é uma incógnita com esse personagem.
  Embora Jin seja um personagem bem construído, ele não me agradou, em algumas de suas cenas eu cheguei a ter raiva dele, suas ações e seus argumentos não me convenceram. O romance entre os personagensntambém foi outro ponto que me desagradou no livro.
    “O Mar de Areia era enorme e inquieto. A caravana o tratava como um misto de fera a ser domada e tirana a ser temido.”

 O cenário criado pela autora é incrível e original, e toda a cultura e lendas que envolvem Buraquis (cavalos mágicos feitos de areia e fogo), Djinnis (criaturas poderosas, que se assemelham aos gênios da cultura árabe) e Demdjis (seus filhos mestiços, que também possuem grande poder).
 Só senti falta de um pouco mais de explicação, alguns elementos dessa cultura simplesmente apareciam na historia como se fossem coisas comuns aos leitores.

 A trama política é um ponto alto do livro, um Sultão que é um péssimo governante, e que coloca um exercito estrangeiro para patrulhar suas terras e maltratar o seu povo, enquanto tenta extinguir a revolução comandada por seu filho, um herdeiro legitimo que tem seu direito ao trono negado e por isso começa uma revolução.
 Espero ver mais sobre o desenvolvimento desses rebeldes nos próximos livros, e ver o lado do Sultão que pouco apareceu neste primeiro livro.
 O livro é bom. Não me apaixonei por ele, mas ainda quero ler sua continuação, tem personagens muito interessantes e tem personagens chatos. Mas sem duvida é criativo e bem desenvolvido. 



Por: Erika Duarte

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